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16/10/2015 - Clóvis de Barros Filho encanta plateia em painel sobre a Ética Notarial

Rio de Janeiro (RJ) – Na manhã do último dia 2 de outubro, abrindo o segundo dia de palestras do XX Congresso Notarial Brasileiro - evento realizado pelo Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB-CF) em comemoração aos 450 anos do notariado brasileiro -
 o advogado, jornalista e professor Clóvis de Barros Filho ministrou uma das mais espetaculares palestras do evento. O Painel Temático I, que teve como tema ‘O Código de Ética Nacional do Notariado e os Limites da Publicidade’, prendeu a atenção de centenas de notários e ilustres juristas que assistiram a apresentação, entre eles o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, e o presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo (TJ-SP), José Renato Nalini. 
O painel contou ainda com a mediação do ex-presidente do CNB-CF, João Figueiredo Ferreira, que enalteceu a criação do Código Nacional de Ética Notarial. “Após dois anos de árduo trabalho, o CNB-CF criou e aprovou este código de conduta notarial. Como a colegiação ainda é estabelecida por lei, este código servirá como um manual para sabermos quais são nossos limites e qual é a forma correta de agir”, afirmou Figueiredo.
Clóvis iniciou sua palestra falando sobre a origem da palavra ética, cunhada em 350 a.C pelo filósofo Aristóteles. “Nos dias atuais, ética é a palavra mais empregada no espaço público. Não há mais nenhum lugar em que ela não seja empregada diariamente, inclusive na mídia”, afirmou o professor. “A ética nada mais é do que uma alusão à melhor maneira de agirmos. É uma liberdade coletiva na qual definimos as normas para uma melhor convivência em sociedade”, explicou.
O palestrante destacou também que é impossível fiscalizar as pessoas a todo momento, por isso é necessário que exista confiança entre o grupo, porém ressaltou que os seres humanos são falhos e que não se pode confiar totalmente na conduta de uma pessoa ou grupo, devendo-se fiscalizar seus atos periodicamente. Clóvis explicou que a ética não é imutável e que seus parâmetros se atualizam de acordo com a evolução da sociedade que vivemos. “A ética não é uma tabela pronta com condutas de pode ou não pode. Sempre nos deparamos com situações novas, no dia a dia e vamos pensando em novas normas para convivermos melhor. A vida, assim como a ética, não tem fórmulas prontas”, explicou o professor.
O expositor abordou ainda a relação da ética com a fidelidade e o que move o ser humano a cumprir seus compromissos. “A fidelidade é sempre de nós para nós mesmos. É um respeito ao nosso próprio passado, um respeito ao que é proposto”, garantiu. Clóvis esclareceu também que a melhor conduta de ética é a que responde à pergunta ‘O que é o bem maior que deve ser buscado em sua vida? ’ “Na hora da dúvida, escolha um caminho que leve à excelência, pois ela é o bem maior. Busque a excelência em si mesmo, pois ela é a condição de sua felicidade”, garantiu o palestrante.
O professor disse que o caminho contrário à ética sempre é o mais fácil e que a sociedade é tentadora oferecendo soluções práticas à vida, mas que devemos resistir e buscar alcançarmos o melhor resultado em tudo que fizermos. “A excelência de nós mesmo é a única coisa que devemos perseguir durante nossa vida. Se não a alcançarmos, seremos como uma planta que não se desenvolveu”, afirmou. “São nossas escolhas que determinam nossos valores. Não importa o que recebemos ao nascermos, mas o que fizemos ao longo de nossa vida”, frisou.
O palestrante garantiu também que as pessoas que agem de um jeito contrário ao que foi acordado, se articulando contra o restante do grupo, estão destruindo sua instituição, e, consequentemente, destruindo o mundo que deixarão a seus descendentes. “A ética só importa quando alguém abre mão de um ganho para proteger um outro. Você constrói relações de confiança quando é fiel aos valores que prometeu respeitar, construindo assim uma condição de vida mais feliz”, finalizou Clóvis, que foi aplaudido de pé por todos os espectadores.
Fonte: Colégio Notarial do Brasil
 
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