O notariado brasileiro tem obtido grandes avanços nos últimos anos, muitos deles atribuídos a uma parceria que tem colhido bons frutos e promete continuar revolucionando o setor: o notário e a tecnologia.
Com o intuito de aprimorar os sistemas eletrônicos já desenvolvidos, como a Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados (Censec) e a Central Notarial de Autenticação Digital (Cenad), e gerar novas plataformas para aperfeiçoar e dar maior segurança jurídica aos atos notariais, o Conselho Federal do Colégio Notarial do Brasil (CNB-CF) instituiu a Comissão Permanente de Tecnologia. Coordenada pelo presidente da Seccional Espírito Santo do Colégio Notarial do Brasil (CNB/ES) e Tabelião de Linhares (ES), Rodrigo Reis Cyrino, e pelo diretor do CNB/CF e 2º Tabelião de Notas de Ibitinga (SP), José Luiz Martineli Aranas, a comissão será composta por notários de todo o Brasil, que poderão se inscrever através do e-mail tecnologia@notariado.org.br.
Rodrigo explica que a comissão tem o papel imprescindível de propor meios tecnológicos para a prática dos atos notariais, com o fim de alcançar melhorias, rapidez e a segurança dos serviços. “Hoje as centrais eletrônicas, por exemplo, têm um papel importantíssimo não só para a segurança dos atos, mas também para o controle da corrupção e um melhor serviço a ser prestado ao cidadão”, afirma o tabelião.
O presidente do CNB/ES afirma também que o objetivo das comissões é buscar a eficiência dos serviços para o cidadão não só no Brasil, mas também em âmbito internacional, já que os grupos de trabalho representarão todo o notariado brasileiro na União Internacional do Notariado (UINL). “É também uma forma de intercâmbio de informações notariais entre os países, o que poderá até desencadear acordos cooperativos de interligação de todos os atos notariais, bem como o desenvolvimento de projetos e sistemas em comum”, ressaltou.
Reis ainda destacou que o grande desafio da comissão é trazer para o plano prático e concreto os projetos tecnológicos pensados e idealizados na teoria, pois o desenvolvimento de qualquer tecnologia ou sistema envolve um custos e uma quebra de padrão ou cultura antes existente. “Não adianta pensarmos só na teoria, mas é fundamental tentarmos visualizar os projetos também na prática diária das serventias e no acesso pelo cidadão. Nessa toada, é fundamental vontade política e legislativa em alguns casos, para possibilitar a comunicação de atos entre centrais eletrônicas, a disponibilização pública eletrônica obrigatória dessas informações e a possibilidade da prática dos atos notariais no meio eletrônico, sendo a Censec nesse ponto um grande avanço para o país e todo o notariado”, salientou Rodrigo.
Para Aranas, com o avanço dos sistemas de computadores e de todo o aparato tecnológico, inclusive de celulares e tablets, tudo gira em torno da alta tecnologia. “Nós, notários, devemos procurar integrar e interagir os sistemas com outras especialidades, para que possamos trabalhar com mais segurança e traduzir isso em plena eficiência ao usuário dos nossos serviços. É algo que nos dá muita responsabilidade”, afirmou o coordenador da Comissão.
“Precisamos afinar o discurso com as diversas especialidades do Serviço Extrajudicial, para que as coisas não fiquem estanques. As grandes empresas têm hoje um serviço de tecnologia da informação, tanto para o uso interno como externo. É nesse sentido que vejo podermos avançar e espero que mais colegas possam auxiliar nesse grande momento que vive o notariado brasileiro”, garantiu.
Aranas também destacou que um dos objetivos da Comissão de Tecnologia é aprimorar os sistemas e centrais já existentes. “Nossos projetos são de médio a longo prazo e já estão em desenvolvimento. A equipe está sendo formada, para que assim possamos dar passos firmes em direção à evolução do notariado”, finalizou o tabelião.
Os notários que quiserem participar da Comissão de Tecnologia do CNB/CF devem manifestar interesse através do e-mail tecnologia@notariado.org.br .
Fonte: CNB – Conselho Federal
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