Desde fevereiro, Unidade de
Inteligência Financeira (UIF) monitora registros de imóveis e empresas que
possam praticar lavagem de dinheiro
Com
um mês de vigência da nova regra do Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
que obriga cartórios a comunicar operações suspeitas de lavagem de
dinheiro,
o Banco Central já recebeu 37,3 mil notificações do tipo. A previsão é que, até
março, o número ultrapasse os 70 mil.
Em
fevereiro, o CNJ definiu a obrigatoriedade de os tabeliães e oficiais de
registro informarem movimentações suspeitas à Unidade de Inteligência
Financeira (UIF) do Banco
Central,
o antigo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), que faz o
monitoramento deste tipo de operação.
Além da lavagem de dinheiro, a UIF também
tenta conter o possível financiamento de atos terroristas, casos de corrupção,
tráfico de drogas e organizações criminosas.
Eles devem comunicar registros, operações e mesmo propostas de operações
que tenham inconsistências em “valores, forma de realização, finalidade,
complexidade, instrumentos utilizados” ou que não tenham fundamento econômico
ou legal.
À Agência Brasil, a Associação dos Notários e Registradores do Brasil (Anoreg/BR)
afirmou que os cartórios já
lideram as notificações de movimentações suspeitas, incluindo bancos,
joalherias e cooperativas de crédito.
De posse dos casos suspeitos, a UIF elabora relatórios e os encaminha do Ministério Público (MP). A partir daí, o MP pode investigar e propor ações criminais caso encontre indícios suficientes de que podem haver crimes envolvidos nas operações.
Fonte: Metrópoles