Após a eleição do
ministro Humberto Martins para presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ)
e do ministro Jorge Mussi para vice no biênio 2020-2022, na reunião desta
terça-feira (5) o Pleno também elegeu, por aclamação, a ministra Maria Thereza
de Assis Moura para corregedora nacional de Justiça (cargo do Conselho Nacional
de Justiça – CNJ); o ministro Og Fernandes para diretor-geral da Escola
Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de Magistrados Ministro Sálvio de
Figueiredo Teixeira (Enfam); e o ministro Benedito Gonçalves para ser o novo
diretor da Revista do STJ.
A ministra Maria Thereza – atual vice-presidente do STJ –
vai substituir no CNJ o ministro Humberto Martins. Ela exercerá o cargo durante
o biênio 2020-2022. A Corregedoria Nacional de Justiça atua na orientação,
coordenação e execução de políticas públicas voltadas para a atividade
correcional e o bom desempenho da atividade judiciária dos tribunais e juízos
do país. O objetivo principal do órgão é alcançar maior efetividade na
prestação jurisdicional, atuando com base nos princípios constitucionais da
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência.
O ministro Og Fernandes sucederá o ministro Herman Benjamin
na direção da Enfam. Ele ocupará o cargo também por dois anos. A Enfam é o
órgão oficial de treinamento de juízes estaduais e federais. Cabe a ela
regulamentar, autorizar e fiscalizar os cursos oficiais para ingresso,
vitaliciamento e promoção na carreira da magistratura. Prevista originalmente
na Emenda Constitucional 45, que promoveu mudanças na
estrutura do Poder Judiciário, a escola foi instituída em 30 de novembro de
2006, por meio da Resolução
3/STJ.
O ministro Benedito Gonçalves assumirá o cargo de diretor da
Revista do STJ no lugar do ministro Mauro Campbell Marques. Ele terá a tarefa
de definir as estratégias de divulgação da jurisprudência do STJ, coordenando a
edição do conjunto de publicações oficiais do tribunal no biênio 2020-2022. O
principal objetivo das publicações é proporcionar informações que facilitem a
compreensão das questões julgadas pelo STJ, diminuindo a apresentação de
recursos, o que beneficia a sociedade com a abreviação do trâmite processual.
Maria Thereza de Assis Moura
Antes de ocupar a vice-presidência do STJ, a ministra Maria
Thereza de Assis Moura integrou a Sexta Turma e a Terceira Seção do tribunal,
tendo ocupado a presidência de ambos os colegiados. Natural de São Paulo, a
magistrada ingressou no STJ em 2006.
Foi diretora-geral da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam) entre 2016 e 2018, e atuou no Tribunal
Superior Eleitoral como ministra substituta (de 2013 a 2014) e efetiva (de 2014
a 2016). Entre 2015 e 2016, exerceu o cargo de corregedora-geral eleitoral.
Atualmente, a ministra compõe a Corte Especial do STJ, é
corregedora-geral da Justiça Federal e membro do Conselho Superior da Enfam.
Maria Thereza de Assis Moura também é professora doutora da
Universidade de São Paulo (USP); membro do Conselho Consultivo da Rede Mundial
de Integridade Judicial da ONU, do Conselho da Revista de Processo, do
Instituto Brasileiro de Direito Processual e da Comissão Teotônio Vilela de
Direitos Humanos.
Com vasta publicação acadêmica, a ministra é bacharel em
direito pela USP, mestre e doutora em direito processual pela mesma
universidade, tem especialização em direito processual penal pela Pontifícia
Universidade Católica de São Paulo e especialização em direito penal econômico
e europeu pela Faculdade de Coimbra.
Veja o currículo completo
da ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Og Fernandes
Og Fernandes, nascido no Recife, é formado em direito pela
Universidade Federal de Pernambuco e em jornalismo pela Universidade Católica
do mesmo estado. Foi repórter, professor e advogado. Ingressou na magistratura
em 1981 e, em 1997, tornou-se desembargador do Tribunal de Justiça de
Pernambuco, tendo exercido diversas funções – como as de ouvidor judiciário,
vice-presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco e presidente do
TJPE.
Em junho de 2008, tomou posse no Superior Tribunal de
Justiça (STJ), onde atuou na Terceira Seção e na Sexta Turma – colegiado que
presidiu entre 2012 e 2014. O ministro também acumulou a função de
corregedor-geral da Justiça Federal em 2015.
Atualmente, integra a Corte Especial, a Primeira Seção e a
Segunda Turma. Og Fernandes também é ministro do Tribunal Superior Eleitoral
desde 2018 e foi escolhido corregedor-geral da Justiça Eleitoral em 2019 –
cargo que ocupará até agosto de 2020, quando termina seu biênio como titular da
corte eleitoral.
Autor de diversas publicações acadêmicas, o ministro teve
sua atuação profissional reconhecida por várias condecorações, como a Ordem do
Mérito Judiciário Frei Caneca, do TJPE, em 1998; a Medalha do Mérito Joaquim
Nunes Machado, classe Ouro, em 2007; o Colar do Mérito Judiciário do Tribunal
de Justiça do Rio de Janeiro, em 2009; e a Ordem do Mérito Judiciário Militar,
na categoria Alta Distinção, do Superior Tribunal Militar, em 2013.
Veja o currículo completo
do ministro Og Fernandes.
Benedito Gonçalves
O ministro Benedito Gonçalves é natural do Rio de Janeiro.
Possui graduação pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, especialização em
direito processual civil e mestrado em direito. Tornou-se juiz federal em 1988
e desembargador do Tribunal Regional Federal da 2ª Região em 1998.
Passou a ocupar o cargo de ministro do STJ em 2008.
Atualmente, integra a Primeira Turma e a Primeira Seção do tribunal, além da
Corte Especial. O ministro é membro substituto do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) e membro efetivo do Conselho da Escola Nacional de Formação e
Aperfeiçoamento de Magistrados (Enfam).
Antes de iniciar sua carreira na magistratura, Benedito
Gonçalves ocupou os cargos de papiloscopista da Polícia Federal e de delegado
da Polícia Civil do Distrito Federal.
Veja o currículo completo
do ministro Benedito Gonçalves.
Fonte: Superior Tribunal de Justiça