Foram 132.855 notificações em 3 meses Dados da Associação
dos Notários
De fevereiro a abril de 2020, os cartórios fizeram mais
comunicações de atividades suspeitas ao Coaf (Conselho de Controle de
Atividades Financeiras) do que os bancos em todo o ano de 2019.
Foram 132.855 operações frente a 118.532 das instituições
bancárias, segmento que mais reportou atos ao órgão durante todo o ano passado.
O setor é, desde fevereiro, quando se tornou ente obrigado, aquele que mais
reporta transações suspeitas. Os dados são da Anoreg (Associação
dos Notários e Registradores do Brasil).
Em março, 54.308 ações suspeitas foram comunicadas pelos
cartórios ao Coaf, registrando 1 aumento de 44% em relação ao mês de fevereiro.
Já em abril, quando a pandemia se disseminou no Brasil, foram 41.056 atos
comunicados, uma queda de 24% na comparação com o mês anterior.
De acordo com o dados da Anoreg, bancos, seguradoras
cooperativas de crédito são os segmentos que aparecem em seguida no número de
operações reportadas em fevereiro e março.
No 1º mês comparativo, foram 14.011, 6.426 e 3.383,
respectivamente. Em março, as comunicações somaram 15.485, 5.902 e 4.271. Em
abril, o mercado de valores mobiliários ultrapassou as cooperativas, chegando a
3.200 reportes.
“Por via oblíqua, são favorecidas as atividades de
infratores, fora do alcance da fiscalização das corregedorias gerais de Justiça
e do CNJ, e sem sujeição à legislação da prevenção à lavagem de dinheiro e do
financiamento do terrorismo regulada pelo Coaf”, explica o presidente da
Anoreg, Claudio Marçal Freire.
Fonte: Poder 360