O comitê foi
criado por meio de decreto do presidente da República
O Projeto de Decreto Legislativo
(PDL) 366/20 anula os efeitos do decreto
do presidente Jair Bolsonaro que criou, no dia 10 de agosto, o Comitê Gestor do
Projeto de Cooperação Brasil-Alemanha para Regularização Ambiental de Imóveis
Rurais na Amazônia e em Áreas de Transição para o Cerrado. O texto está sendo
analisado pela Câmara dos Deputados.
Autor do projeto, o deputado Alessandro Molon (PSB-RJ)
afirma que, ao promover a regularizac¸a~o fundia´ria de propriedades
localizadas em uma a´rea de 6,374 milho~es de hectares na Amazônia –
equivalente aos territo´rios dos estados do Rio de Janeiro e de Sergipe juntos
– o decreto torna legi´timas terras pu´blicas invadidas e griladas na floresta
amazo^nica.
“Ao inve´s de punir quem destro´i
a Amazo^nia ou ao menos tentar frear o aumento do desmatamento, o governo vai
na contrama~o e publica um decreto na~o apenas lesivo ao meio ambiente, mas
manifestamente ilegal, legitimando aqueles que, ha´ anos, se apossam de terras
pu´blicas e as desmatam ilegalmente, tornando li´citos os produtos de seus
crimes”, diz Molon.
O deputado cita dados do
Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) que mostram aumento de 34% no
desmatamento da Amazônia nos cinco primeiros meses de 2020. “Tudo isso em um
momento em que investidores estrangeiros, com mais de R$ 10 trilho~es
disponíveis, ameac¸am desinvestir no Brasil caso na~o haja avanc¸o na
preservac¸a~o da Amazo^nia. Percebe-se que o decreto e´ lesivo na~o apenas ao
meio ambiente, mas tambe´m a` economia”, acrescenta o deputado.
Fonte: Câmara dos Deputados