O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro
Luiz Fux, instituiu o Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário. A
medida vai garantir e reforçar a segurança do ecossistema digital dos tribunais
e demais órgãos jurisdicionais do país.
A Portaria
CNJ nº 242/2020 foi publicada no Diário de Justiça Eletrônico nessa
quarta-feira (11/11). O Comitê de Segurança Cibernética do Poder Judiciário
será integrado por especialistas técnicos indicados pelos tribunais superiores,
conselhos e tribunais de justiça e será coordenado por um representante do CNJ
designado pela Presidência.
O grupo ainda pode convidar representantes do setor privado
e de órgãos públicos de segurança, como a Polícia Federal e as Forças Armadas,
para obter informações e apoiar as proposições em relação à segurança
cibernética e gestão estratégica da tecnologia.
Segundo o ministro Luiz Fux, o Comitê vai garantir que o
Judiciário atenda a população com segurança e responsabilidade por meio das
soluções digitais. “Além de proteger os dados frente ao número crescente de
incidentes cibernéticos no ambiente da rede mundial de computadores, ainda
contempla a necessidade de processos de trabalho orientados para a boa gestão
da segurança da informação.”
Resultados
A Portaria 242/2020 define os produtos que o Comitê deve
entregar nos próximos meses. O grupo vai apresentar o Protocolo de Prevenção, o
Protocolo de Gerenciamento de Crises para o enfrentamento de ilícitos
cibernéticos no Judiciário e o Protocolo de Investigação para ilícitos
cibernéticos que possam afetar as atividades dos órgãos judiciais.
Além disso, será elaborada uma proposta da Estratégica da
Segurança Cibernética e da Informação do Judiciário. A formulação dessa
estratégia deve contemplar uma política de segurança cibernética, diretrizes de
governança e gestão da segurança da informação e padrões mínimos de gestão de
riscos, para proteção de ativos, de resiliência e continuidade e orçamentários.
Também deve prever fiscalização da adequação dos requisitos de segurança,
política de gestão de identidade e acesso e política de encriptação de dados
sensíveis entre outros requisitos.
O Comitê de Segurança Cibernética ainda realizará reuniões
ordinárias trimestrais para avaliação e monitoramento de ações de segurança nos
órgãos do Judiciário.
Tratamento de incidentes
Em outra atribuição definida na portaria, o Comitê deverá
propor norma para a criação e funcionamento do Centro de Tratamento de
Incidentes de Segurança Cibernética do CNJ. Composto por um representante e um
suplente de cada tribunal do país, o Centro funcionará como canal oficial para
a articulação e divulgação de ações preventivas e corretivas para os casos de
ameaça de ataques cibernéticos.
Fonte: Conselho Nacional de Justiça