A pandemia não impediu o Conselho de Controle de Atividades
Financeiras de ampliar seu trabalho de investigação de casos de lavagem de
dinheiro. Pelo contrário, o órgão aumentou em 124% o número de relatórios de inteligência
financeira (Rif) em 2020, em comparação com 2019. Foi um recorde na história da
instituição.
No ano passado, segundo relatório divulgado esta semana, o
Coaf produziu 11.612 Rifs, contra 6.272 em 2019. O número de alvos dos
levantamentos do Coaf no ano passado foi de 674.228 pessoas físicas e
jurídicas. No ano anterior, foi de 300.332, um aumento de 124%. O último
recorde tinha sido em 2018, com 7.345 Rifs.
Os Rifs são elaborados pelo Coaf e destinados às autoridades
competentes para subsidiar investigações, como Polícia Federal, polícias civis,
auditores da Receita Federal, Ministério Público e autoridades de inteligência
financeira estrangeiras, dependendo dos dados levantados.
O Coaf perguntou a estas autoridades de que forma os Rifs
auxiliam no trabalho de investigação. As autoridades destinatárias responderam
que em 56% dos casos iniciaram nova investigação, em 82% responderam que os
Rifs permitiram a identificação de novos alvos e ou novos indícios de crimes e
em 81% responderam que houve expansão da investigação.
O Coaf recebe informações dos setores que são obrigados por
lei a informar ao órgão toda vez que ficam sabendo de alguma operação
financeira ou atividade suspeita de lavagem de dinheiro ou ligada ao
financiamento do terrorismo. Entre os setores que informam ao Coaf estão bancos
e consórcios, cartórios, seguradoras, factoring e joalherias.
Fonte: Veja