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representa 52.101 separações a menos no período
Os
divórcios no Brasil caíram 13,6% em 2020 em relação a 2019, o equivalente a
52.101 divórcios a menos. Ao todo, foram registrados 331.185 divórcios
concedidos, dos quais 249.874 (75,4%) judiciais e 81.311 (24,6%) extrajudiciais
lavrados em cartório. Em 2019, foram contabilizados 383.286 divórcios.
Os
dados constam da pesquisa Estatísticas do Registro Civil - Divórcios 2020,
divulgada hoje (18) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Segundo
a gerente da Pesquisa de Registro Civil do IBGE, KlíviaBrayner de Oliveira,
essa queda dos divórcios concedidos foi afetada pelo isolamento social em
decorrência da pandemia de covid-19. O fechamento das varas judiciais para
atendimento ao público e a demora na concessão dos divórcios são as hipóteses
do instituto para a subnotificação dos divórcios.
“A
pandemia trouxe impacto muito grande na nossa coleta de dados de divórcio”,
disse a pesquisadora, pois em 88,1% das varas a coleta da informação é feita
por meio de questionários impressos em que um funcionário do IBGE tem que ir
presencialmente à unidade.
A
idade média dos cônjuges na data do divórcio era de 40 anos para as mulheres e
43 anos para os homens. O tempo médio de casamento ficou em torno de 13 anos.
O
período médio de casamento foi de menos de dez anos em 49,8% dos divórcios. Em
24,2%, os casamentos duraram entre dez e 19 anos. Em 26,1% dos divórcios, a
duração foi de 20 anos ou mais.
Em
relação ao regime de bens, 89,9% dos casamentos tinham comunhão parcial. Ainda
em 2020, 56,5% dos divórcios foram de casais com filhos menores de idade.
Em
2014, em 85% dos divórcios a mulher era a responsável pela guarda dos filhos
menores de idade e em 7,5%, a guarda era compartilhada. Esse cenário começou a
mudar com a entrada em vigor da Lei 13.058/2014, que estabeleceu como
prioridade a guarda compartilhada. Em 2020, em 57,3% dos divórcios a guarda era
responsabilidade das mulheres e em 31,3%, compartilhada.
Edição:
Graça Adjuto