"Vitórias coletivas, benefícios individuais". Com este mantra, Carlos Caetano Bledorn Verri, o Dunga, jogador capitão do tetracampeonato da Seleção Brasileira em 1994, nos Estados Unidos, encerrou as palestras do 74º Encontro dos Notários Gaúchos neste sábado (02.04), em Restinga Seca, no Rio Grande do Sul.
Com o tema "Desafios e Oportunidades – ser líder é superar adversidades", Dunga recordou toda a sua trajetória profissional, que o levaram do massacre pela derrota em 1990 que lhe tornou o símbolo de um período chamado "Era Dunga", até a consagração em 1994, como capitão da seleção brasileira que venceu uma Copa do Mundo após 24 anos, superando a desconfiança de público e imprensa.
Durante uma apresentação recheada de histórias, Dunga apontou as características que o fizeram se reerguer em meio a um turbilhão de críticas. "O treinamento é a mãe do talento e estar preparado quando se tem uma segunda oportunidade é a melhor etapa do processo, pois você não terá medo de enfrentar os desafios a que se propõe", disse.
O capitão do tetracampeonato apontou os motivos que levaram uma seleção quase que formada pelos mesmos jogadores a fracassar em 1990 "excesso de vaidade, pensamentos individuais" e como um pacto dos mesmos profissionais fez com que o resultado em 1994 fosse completamente diferente. "Nos reunimos, listamos tudo o que deu errado e focamos no nosso objetivo, que era conquistar a Copa do Mundo".
Ao terminar a apresentação, deixou um recado de que a todo momento é preciso renovar ideias e procedimentos, mas sem abrir mão de suas convicções e valores, como profissionalismo, comprometimento, hierarquia com diálogo, respeitando as individualidades e buscando resolver os problemas dos outros. "Ser líder é escolher os melhores e trazê-los para um objetivo comum, pois o sucesso de todos representará benefício a cada um dos envolvidos no processo", encerrou.