O tabelião Ney Paulo Silveira Azambuja foi indicado para receber o título de Cidadão Camaquense. Ney Paulo está à frente do Tabelionato de Notas de Camaquã há 45 anos e foi presidente do Colégio Notarial do Brasil – Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS).
A indicação foi feita pelo vereador Luciano Pereira Dias, o Cabeça, sendo aprovada pelo colegiado de líderes da Câmara Municipal de Vereadores. Agora, a indicação deve tramitar pela casa do Poder Legislativo.
À frente do Tabelionato de Notas há 40 anos, Ney Paulo Silveira de Azambuja, diz que pôde vivenciar muitas mudanças com relação à estrutura, informatização dos serviços e com o desenvolvimento do município:
“A cidade tinha 35 mil habitantes e hoje estamos perto de 70 mil habitantes. Antes, lavrava as escrituras à mão, passei para a máquina de escrever manual, elétrica, eletrônica e, agora, estou totalmente informatizado”, contou Ney Paulo.
Em junho, o Tabelionato de Notas de Camaquã celebrou 155 anos de serviços prestados para Camaquã e região. Instalado em 16 de junho de 1867, teve sua primeira escritura lavrada um dia depois, 17 de junho.
Segundo o tabelião, hoje, “o Tabelionato é referência na cidade especialmente perante os operadores de Direto, reconhecidos pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) local”.
Notário ou tabelião é um profissional do direito, dotado de fé pública, a quem o Poder Público delega o exercício da atividade notarial.
No Brasil, o tipo de notariado exercido é o latino. Diferente do notário do tipo anglo-saxão, o notariado latino exige que esse profissional seja um jurista, conselheiro independente e imparcial, que recebe delegação da autoridade pública para conferir autenticidade aos documentos que eles redigem, como instrumentos de garantia da segurança jurídica e da liberdade contratual.
Portanto, a função notarial é uma função pública que o notário exerce de maneira independente, sem estar hierarquicamente compreendida entre os funcionários a serviço da administração do Estado ou de outros órgãos públicos.
O notário deve exercer sua função de forma absolutamente imparcial, aconselhando as partes a respeito dos efeitos que o ato a ser praticado irá ter no futuro. Esse aconselhamento nivela os contratantes, independentemente da preponderância da força econômica de um em relação ao outro.
Integra a atividade notarial: