Entre janeiro e novembro de 2022 foram
registrados 68,7 mil divórcios nos país, o menor número desde 2018. O dado é do
Colégio Notarial do Brasil (CNB) e representa uma queda de 10% em relação a
2021.
No ano passado, foram registrados 76,6 mil
divórcios, um recorde na história brasileira. Em relação a 2020, primeiro ano
da pandemia, a queda foi de 3,8%. Naquele ano, foram registrados 71 mil
divórcios.
Para o advogado Sérgio Barradas Carneiro,
membro do Instituto Brasileiro de Direito de Família — IBDFAM, existem vários
aspectos que levaram o número de divórcios no Brasil a cair. Um deles, por
exemplo, é a queda do número de casamentos.
"Em 2019, foram 1.015.620 matrimônios
registrados, número inferior aos seis anos anteriores, segundo o Relatório
Fatos e Números — Casamentos e Uniões Estáveis no Brasil, do Observatório
Nacional da Família", aponta.
Uniões estáveis
Além disso, o advogado também afirma que
houve um crescimento nas uniões estáveis entre 2016 e 2019. Nesses casos, as
dissoluções não são computadas como divórcios, instrumento jurídico pelo qual
se põe fim exclusivamente ao casamento.
Para Sérgio Barradas, as novas formas de
se relacionar são um reflexo da contemporaneidade. "As pessoas estão
vivendo mais e, portanto, não querem passar a vida toda com a mesma pessoa. Ou
então frequentam ciclos profissionais que interferem nas relações de casamento
e uniões estáveis. São inúmeros os motivos que levam para os dados
atuais."
Para o especialista, o número de
divórcios, casamentos e até mesmo de uniões estáveis vai se alterar de forma
bastante radical nos próximos anos. "Imagino que isso aconteça em razão
das novas formas de relacionamento entre as pessoas por meio de relações
informais, contratos de convivência, pactos antenupciais e as várias formas de
famílias", sustenta. Com informações do IBDFAM e Agência Brasil.
Fonte: ConJur