Tendo como moderador o presidente
do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção Rio Grande do
Sul (IEPTB/RS), Dr. Romário Pazutti Mezzari, o segundo painel do 75º Congresso
Anual de Notários do Rio Grande do Sul tratou do “Novo protesto: tendências,
adequações e exigências”. Romário Mezzari abriu sua fala lembrando que o serviço
extrajudicial está em ebulição, o que não é diferente com o setor de protestos
e salientou que “tudo ainda se resolve em nível nacional, menos a tabela de
emolumentos, que tenta viabilizar o protesto de título de pequeno valor, que
precisa ser repensado”. O presidente do IEPTB/RS falou ainda da questão do
selo, que penaliza o setor de protestos, e precisa ser equalizado.
Já a Dra. Ionara
Pacheco de Lacerda Gaioso, vice-presidente do Instituto de Estudos de Protesto
de Títulos do Brasil (IEPTB/BR), citou que a revolução da tecnologia que
vivemos trouxe concorrência para todos os serviços extrajudiciais. “O protesto
foi o primeiro serviço que teve total consciência de que tem muitos
concorrentes no mercado”, disse Dra. Ionara. Ela ainda salientou que os serviços
de protestos esperavam pela chegada do risco para tomar atitudes, o que gerou
muitas perdas de serviços e clientes.
A palestrante
destacou que “a centralização dos protestos foi um passo importante, com a
criação das centrais de remessas de arquivos, o que agilizou o acesso aos
serviços. A modernização dos protestos no Brasil se deu por força da pressão do
mercado”.
O Brasil tem
hoje 3.780 tabeliães de protestos atuando no território nacional. Em 2018, o
setor de protestos recebeu a Central Nacional de Serviços Eletrônicos
Compartilhados – CENPROT, que centraliza todos os serviços no território
nacional.
Em 2019 vieram
o Provimento nº 86 e Provimento nº 87, um novo e importante passo para os
protestadores, que passaram a receber remuneração somente quando garantem a
cobrança aos seus clientes.
“A expectativa
era de dobrar o movimento dos protestos nos serviços extrajudiciais. Quatro
meses depois, vem a pandemia, e o movimento foi a menos de metade. Mas também
vieram provimentos que destravaram os serviços, com a possibilidade do
atendimento digital, o que revolucionou os serviços extrajudiciais”, pontou
Dra. Ionara.
“A grande característica do que é o novo pirueto, é que não vamos mais viver de títulos”, assim entende o Dr. Felipe Uriel Felipetto Malta, diretor do IEPTB/RS e debatedor do painel, que ainda ressaltou que “todos os espaços devem ser ocupados, porque se não fizermos, outros o farão. Quantos mais títulos de duplicatas vierem, melhor”, completou o Dr. Felipe.
Fonte: Assessoria
de Comunicação – CNB/RS