Existência da declaração não torna obrigatória a doação, mas pode
ajudar na decisão da família
Tabelionatos gaúchos reforçam uma campanha de incentivo para a
doação de órgãos. A Central Notarial de Doação de Órgãos permite que, de forma
gratuita, doadores voluntários assinem um documento no qual fica registrado o
desejo de ser doador.
A existência da declaração não torna a doação obrigatória, por
parte da família, mas pode ajudar na decisão, no momento delicado da morte de
um parente.
Conforme a tabeliã Gislene Berlesi Marchon, o serviço, começou a funcionar
em março deste ano. Mas em 4 de agosto, durante o Congresso Estadual dos
Notários, o Colégio Notarial do Brasil — Seção Rio Grande do Sul (CNB/RS)
colocou como objetivo para o Estado de intensificar a campanha de registros,
visando o mês de setembro – de conscientização para a doação de órgãos.
— O cidadão que tem a vontade de doar vem até o tabelionato e
expressa essa manifestação de vontade e emite uma escritura declaratória,
totalmente isenta de custos. É uma responsabilidade social e humanitária de
cada cidadão — explica Gislene.
Em Santiago, na região central do RS, foi feita uma ação de
divulgação em parceria com a prefeitura, com distribuição de cartazes. Já no
primeiro dia, surgiram interessados no registro.
Conforme Gislene, é preciso de documento de identificação com CPF
do interessado e o contato de dois familiares. Eles serão os contatados pela
Central de Transplantes, no caso da morte da pessoa registrada, informando do
desejo de doação de órgãos.
O documento é sigiloso. Somente no caso da morte em que seja
possível a doação de órgãos, a Central de Transplantes fica sabendo da decisão.
Conforme o Colégio Notarial do RS, desde sua criação, a Central já tem 318
doadores cadastrados.
Fonte: Gaúcha ZH