Buscar soluções pacíficas para os
conflitos é uma diretriz do Poder Judiciário, conforme determina a Resolução
CNJ n. 125/2010, que institui a Política Judiciária Nacional de Tratamento
Adequado dos Conflitos de Interesses. Para atingir esse objetivo, há uma
estrutura física dentro de cada Fórum com profissionais apto a atender a
população.
Os Núcleos Permanentes de
Mediação e Conciliação (Nupemec) são os órgãos responsáveis pela implantação e
pelo desenvolvimento da Política Judiciária Nacional de Tratamento Adequado dos
Conflitos de Interesse nos tribunais. Entre as atribuições desses núcleos está
a instalação e fiscalização dos Centros Judiciários de Solução de Conflitos e
Cidadania (Cejuscs); a promoção de capacitação, treinamento e atualização
permanentemente de magistrados, servidores, conciliadores e mediadores e a
criação e manutenção do cadastro de conciliadores e mediadores que atuem em
seus centros.
Os Centros Judiciários de Solução
de Conflitos e Cidadania (Cejuscs), por sua vez, são unidades do Poder
Judiciário onde são realizadas as sessões de conciliação e de mediação por
conciliadores e mediadores devidamente capacitados nas práticas de
autocomposição. É nos Cejuscs que também ocorre o atendimento e a orientação
aos cidadãos que possuem dúvidas e questões jurídicas.
Como funciona?
A conciliação pode ser utilizada
em muitos casos que chegam à Justiça: pensão alimentícia, divórcio,
desapropriação, inventário, partilha, guarda de menores, acidentes de trânsito,
dívidas em bancos e financeiras e problemas de condomínio, entre vários outros.
Só não pode ser usada em casos que envolvam, por exemplo, crimes contra a vida
(homicídios) e situações previstas na Lei Maria da Penha.
Entre as ações de fortalecimento
da política, em 2008, o CNJ idealizou a Semana Nacional da Conciliação, e, em 2010, o Prêmio Conciliar é Legal.
A Semana Nacional da Conciliação
em todo o País, geralmente no mês em novembro. Durante esses dias, os tribunais
realizam esforços concentrados, nos quais são selecionados processos em que
haja possibilidade de entendimento das partes (acordo), que são intimadas
especialmente para essa finalidade. Caso o cidadão ou a instituição tenha
interesse, uma audiência é realizada durante a Semana e, se houve conciliação,
encerra-se o processo.
Já o Prêmio Conciliar é Legal
reconhece e condecora as práticas de sucesso que estimulem e disseminem a
cultura dos métodos consensuais de resolução dos conflitos. Podem concorrer ao
Prêmio os tribunais, magistrados, instrutores de mediação e conciliação,
instituições de ensino, professores, estudantes, advogados, usuários, empresas
ou qualquer ente privado, mediante a apresentação de práticas autocompositivas
executadas individualmente ou em grupo.
Fonte: Agência CNJ de Notícias