Casais estão preferindo os cartórios na hora de dar um basta
oficial na relação
Quando
o casamento dos gaúchos acaba, o local mais usado para dar um basta oficial
na relação tem sido o cartório. Em 2018, foram 67% dissoluções feitas em
tabelionatos de notas do Rio Grande do Sul, totalizando 6,2 mil casos, segundo
levantamento do IBGE.
O tempo e o bolso são os motivos principais na escolha pela
via extrajudicial, segundo o presidente da seção gaúcha do Colégio Notarial do
Brasil, Ney Paulo Silveira de Azambuja:
– Quando não há filhos ou partilha de bens, é possível fazer
o divórcio em um ou dois dias. Os processos judiciais levam cerca de seis
meses. Custa R$ 75 no cartório, mas o casal precisa ser acompanhado por um
advogado.
Desde 2007, a legislação permite que o procedimento ocorra
em cartório, desde que não existam filhos menores ou incapazes
envolvidos.
A entidade no Estado já está promovendo reuniões para
implementar o procedimento em tabelionato também para os casos que envolvem a
prole, a exemplo de como é feito no Rio de Janeiro e em São Paulo. Nestas
situações, questões como guarda, pensão e visitas precisam ser resolvidas
anteriormente, pela via judicial.
O RS é o segundo colocado no ranking dos Estados que mais
optam pela modalidade em cartório, atrás apenas do Goiás, com 77,9%. O
presidente da entidade percebe a formação de uma tendência nos rompimentos:
– As pessoas estão se divorciando muito cedo. Faço divórcios com cerca de 10 meses de casados, coisa que não acontecia cinco anos atrás. É uma mudança de comportamento, já que ficou mais rápido e barato, tanto se casar quanto se divorciar – afirma Ney.
Fonte: Assessoria de Imprensa