Segundo a companhia, por conta da
obrigatoriedade da Lei Geral de Proteção de Dados, as informações deverão ser
protegidas com mais eficiência, o que impactará em investimentos na segurança
Os ataques de hackers são cada vez mais
sofisticados e comuns no mercado corporativo e até mesmo
no cenário político, principalmente no que envolve sequestros de
informações. Com o objetivo de aumentar a resiliência do Brasil no que diz
respeito à segurança cibernética, nesta semana, o governo publicou o decreto
E-Ciber, que estabelece uma série de orientações.
Outra medida que deve ajudar as organizações na segurança de suas
informações é a Lei Geral de Proteção de
Dados,
que deve entrar em vigor nesse ano. “Por conta da LGPD, as empresas serão obrigadas
a demonstrar para autoridade nacional de proteção de dados que ela
tem um nível de segurança adequado, para garantir que ela
trata das informações pessoais de forma segura”, afirma João Rezende,
gerente de consultoria da Mazars.
O executivo ainda complementa que devido à LGPD, as empresas vão
precisar investir na segurança em três linhas principais de
defesa: nos processos, que é toda a estruturação da governa de tecnologia
da informação; nas ferramentas específicas para o monitoramento de
vulnerabilidade de ataques cibernéticos e na conscientização de todos os
colaboradores, com orientações de boas práticas para identificar quais links
podem ser acessados, como fazer o bom uso das contas e senhas.
“A maioria das empresas, mesmo de grande porte,
ainda se limita a ter uma estrutura de tecnologia para atender o dia a dia,
voltada apenas para a operação. Não tem uma equipe especializada e dedicada
para a segurança da informação”, diz Rezende.
Principais ameaças cibernéticas
Existem várias modalidades de ataques cibernéticos, os mais comuns
são os vírus, os quais são implantados com dispositivos como USB, acessados por
links ou por transferência de arquivos. Apesar de ser considerado mais fácil de
controlar através dos antivírus, há um limite, uma vez que só é possível identificar
os conhecidos. “Quando surge um novo vírus no mercado, a empresa está sujeita ao risco. Por
isso é tão importante conscientizar a equipe para que não abra nenhum arquivo
suspeito”, afirma Rezende.
Os worms são propagações maliciosas, que através de
programas, se autorreplicam e espalham pelas redes dos computadores, causando
danos e mau funcionamento.
Por sua vez, os malwares crescem tão rápido quanto a
tecnologia. Um levantamento realizado pela SonicWall revelou que as
variantes de malwares cresceram 145% em 2019. Foram identificados 153
mil casos novos.
Uma variante comum do malware é o ransomware, tipo
de ameaça usada para sequestro de informações. “O crime digital é organizado e
passou a ser um mercado com diferentes propósitos. Quando surgem novas ameaças,
as empresas criam as vacinas necessárias
e só conseguem criar a proteção quando conhecem o ataque. Para isso, cada vez
mais cresce a procura de profissionais capacitados e com habilidades de
hackers”, finaliza Rezende.
Fonte: Jornal Contábil